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Cap. 131

Wayne e Lucretia nem bem descem dos cavalos e já são abordados por um senhor negro:

— Trouxe amigos dessa vez?

— Eu não tenho amigos. – dispara o xerife automaticamente. — Ninguém veio comigo.

O senhor aponta para Lucretia e mantém a expressão questionadora.

Wayne, arregalando os olhos: — Ah!... É... estamos juntos... quer dizer, não juntos... somos... nós somos...

O xerife olha para Lucretia em busca de auxílio, mas percebe que ela está se divertindo demais com a situação para ajudar.

— Diabos! – explode Wayne. — Você sempre me interrompe e, agora, que preciso, fica aí, sem falar nada. Diga alguma coisa.

Lucretia, calmamente: — Pois bem, eu também gostaria de saber, sou o que para você, Wayne? Diga, como você define nossa relação?

O xerife, estático, suando frio, move apenas os olhos em um vai e vem entre Lucretia e o senhor que o encaram esperando uma resposta.

— Josiah mandou avisar que os outros foram embora. – salva Wayne uma jovem negra, que interrompe seu martírio surgindo do meio das árvores com um rifle apoiado no ombro.

— Eu disse! Não eram meus amigos. – apressa-se em tentar mudar de assunto o xerife, que já emenda: — Vim aqui só para pegar a minha estrela derretida de volta.

O senhor e a jovem se olham sem entender a frase.

— Está lá com o Joachim. – grita a mãe dele, saindo pela porta do casebre.

— Obrigado. – o sufoco fez com que o xerife até ficasse educado. — Vamos só pegar e já vamos embora de volta para a cidade.

A senhora entorta a boca, olha para cima e avisa: — Sei não, moço. Não é bom andar nessa estrada com chuva.

Wayne estranha, não parece haver nuvens no céu, porém, o estrondo de um trovão chama sua atenção para a mancha cinzenta que surge passando pelas montanhas mais adiante.

Lucretia sussurra para Wayne: — Acho que teremos de ficar por aqui até a chuva passar.

Wayne grunhe resistindo à ideia.

Lucretia insiste: — É isso ou dois banhos. Um na viagem e outro depois de chegar (se chegarmos) em casa.

O xerife deixa a cabeça despencar até o queixo bater em seu peito.

Lucretia, com a simpatia habitual: — Teria algum lugar onde a gente possa esperar a chuva passar?

A senhora chama todos para dentro do casebre. E a tempestade se aproxima.
 

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